17 de julho de 2009

PSEUDÓNIMO(S)

Na década de 40 do século passado, Jorge Luis Borges e Adolfo Bioy Casares desejaram escrever contos policiais. Fizeram-no. Surgiu o livro "Seis problemas para dom Isidro Parodi" datado de 1942.
Seguindo a velha máxima da «proposição enigmática e solução iluminada» inventaram um pseudónimo. Honorio Bustos Domecq. Era ele o verdadeiro autor. Contudo as invenções não terminariam. Um desconhecido escritor teria de prefacear o livro. Mais uma comum brincadeira.
Quando em 1977 surge o livro "Nuevos Cuentos de Bustos Domecq" Borges e Bioy Casares apenas deram sequência ao «terceiro homem» Bustos Domecq. Voltava assim em livro aquele que ambos sempre chamaram de Bicho Feio. Era para eles o verdadeiro e (in)comum - pseudónimo. Haviam regressado ao género policial.
O que ambos não esperavam é que surgisse um cidadão, de nome Honorio Bustos Domecq. Este queixava-se apenas de que ambos usavam o seu nome para escrever histórias sem interesse nenhum...